É um problema recorrente: as empresas fazem planos para seus colaboradores, pagam treinamentos, cursos, workshops, certificações… E não obtém o nível de dedicação esperado. Dentre muitas explicações, duas aparecem muito – a empresa não explica claramente o objetivo e o resultado esperado daquela iniciativa ou, o colaborador conhece o objetivo e não entende que aquilo é importante para a carreira dele naquele momento, mas acaba fazendo o que é solicitado sem argumentar.
O processo de aprendizado funciona melhor quando o tema faz sentido para quem está aprendendo. É preciso haver uma razão, um objetivo que se transforme em vontade de aprender. Essa vontade é fundamental para a dedicação, o empenho e a absorção adequada do conhecimento e pode vir do interesse pelo tema, da curiosidade em aprender, da expectativa de um retorno positivo que virá da aquisição daquele conhecimento, dentre outros. Mas ela é sempre gerada internamente.
Por isso, é preciso falar sobre a nossa responsabilidade individual nesse processo. Cada um de nós é 100% responsável pela própria carreira e desenvolvimento profissional.
As empresas e os líderes cumprem um importante papel, direcionando, orientando, investindo e participando, mas no final das contas é a nossa dedicação que será exigida.
Sendo assim, cabe a nós ouvirmos atentamente o que dizem nossos gestores e o mercado e avaliar o que precisamos para atingir nossos objetivos profissionais, investindo de forma mais efetiva no que de fato nos motiva e vai nos trazer bons retornos.
Algumas reflexões são importantes ao se assumir a responsabilidade pelo próprio desenvolvimento:
- O que lhe interessa profissionalmente, que temas ou abordagens chamam atenção e fazem sentido para os seus objetivos profissionais individuais.
- O que o mercado pede atualmente, quais são as habilidades e os conhecimentos necessários para você estar bem posicionado profissionalmente.
- Quais são as perspectivas para o futuro, que tendências e novas demandas vão surgir – um bom profissional está sempre atualizado e de olho no que está por vir.
- O que é acessível financeiramente para você, se a sua empresa vai fazer o investimento, ou se deverá ser uma iniciativa pessoal.
- Quanto tempo e dedicação aquele treinamento ou estudo irá exigir e se (ou quando) você terá disponibilidade para isso.
É muito importante que os profissionais tenham este entendimento: o desenvolvimento e crescimento profissional não depende só da empresa. Depende de cada um, da motivação encontrada nas razões corretas, do entendimento do ambiente em que estamos e dos objetivos individuais.
Essa responsabilização permitirá escolhas mais conscientes, maior aplicabilidade do que foi aprendido e investimentos com maior probabilidade de retorno, ou seja, iniciativas de desenvolvimento com mais chances de sucesso.